A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira, 29, a 25ª fase da Operação Lesa Pátria. Na ação, os empresários Adauto Lúcio de Mesquita e Joveci Xavier de Andrade, ambos sócios da rede de supermercados Melhor Atacadista, foram presos sob suspeita de financiar o acampamento bolsonarista em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília (DF).

+ PF deflagra a 25ª fase da Operação Lesa Pátria

Os policiais federais cumpriram 34 mandados judiciais, sendo 24 de busca e apreensão, três de prisão preventiva e sete de monitoramento eletrônico. Todos foram expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

As ações ocorreram nas seguintes unidades da federação: Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Espírito Santo e Distrito Federal.

O empresário Joveci Xavier de Andrade, de 55 anos, foi preso no Distrito Federal. Ele é investigado por ser um dos financiadores do acampamento bolsonarista. Além dele, o sócio Adauto Lúcio de Mesquita, 56, foi detido.

Joveci chegou a ser ouvido na CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara, na qual negou qualquer participação nos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília (DF), no dia 8 de janeiro de 2023. Porém, ao mesmo tempo, admitiu ter estado no local.

Já Adauto é suspeito de transferir dinheiro para contas bancárias de golpistas, além de pagar o transporte até a Esplanada dos Ministérios no dia dos ataques.

Além deles, o empresário Diogo Arthur Galvão foi preso em São Paulo. Ele atua em Campinas na empresa da família, no ramo de madeiras. Ele apareceu em uma transmissão ao vivo convocando os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e publicou fotos de dentro dos prédios invadidos.

À ISTOÉ, a defesa de Adauto e Joveci informou que não obteve acesso à decisão emitida pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.  “Eles reiteram seu compromisso com a democracia, o Estado de Direito, o respeito às instituições, ao processo eleitoral, ao Ministério Público e ao Judiciário, com especial ênfase na sua instância máxima, o Supremo Tribunal Federal”, completou.

O portal não conseguiu localizar a defesa de Diogo Arthur. O espaço permanece aberto.