A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira a Operação Hashtag, a partir da qual pretende investigar possível participação de brasileiros em organização criminosa de alcance internacional, como uma célula do Estado Islâmico (EI) no país. Foram expedidos 12 mandados de prisão temporária por 30 dias, com possibilidade de prorrogação por mais 30. É o período necessário para a conclusão dos Jogos Olímpicos do Rio.

O grupo já estaria tramando ações terroristas que poderiam ocorrer durante a realização da Olimpíada, que ocorrerá entre os dias 5 e 21 de agosto. Foi a primeira prisão com base na lei antiterror.

A quebra de sigilo de dados e telefônicos revelou indícios de que os investigados “preconizam a intolerância racial, de gênero e religiosa, bem como o uso de armas e táticas de guerrilha para alcançar seus objetivos”, segundo a PF.

Por questão de segurança e para “assegurar o êxito da operação”, a PF decidiu não revelar o nome dos presos. “O processo tramita em segredo de Justiça”, informou a PF em nota oficial, que foi divulgada na esteira da divulgação de informações que dão conta de que o Estado Islâmico e outros grupos jihadistas conclamaram os seus seguidores a atuar como “lobos solitários” e realizar ataques terroristas durante os Jogos Olímpicos.

Entre os alvos sugeridos dos terroristas estão as delegações e visitantes dos Estados Unidos, Inglaterra, França e Israel, sendo que entre os métodos propostos estão a utilização de drones com pequenos explosivos, acidentes de trânsito e o uso de veneno e medicamentos.

Segundo o ministro da Justiça, Alexandre de Morais, que concede entrevista coletiva neste momento, integrantes do grupo que defendia uso de arma de táticas de guerrilha chegaram a entrar em contato com o Estado Islâmico na internet e também a tentar comprar metralhadoras no Paraguai.

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