A Polícia Federal (PF) desencadeou na manhã desta terça-feira, 3, a Operação Último Lance para investigar a criação de dezenas empresas de fachada, controladas por “laranjas”, para ocultação de “vultosas” movimentações de dinheiro. Grande parte das companhias fictícias era do ramo de leilões, o que deu origem ao nome da operação, diz a PF.

Segundo a corporação, a investigação se baseou na análise de relatórios de inteligência financeira – elaborados pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras – sendo que um dos documentos revelou movimentações suspeitas de mais de R$ 600 milhões.

Nesta terça, cerca de 80 agentes cumprem de 16 mandados de busca e apreensão em endereços de São Paulo, Pindamonhangaba, Franca e Bauru, no interior paulista. As ordens foram expedidas pela 10ª Vara Criminal Federal de São Paulo, especializada em crimes contra o sistema financeiro nacional e crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores.

De acordo com a PF, os investigados podem responder pelos crimes de evasão de divisas, sonegação fiscal, falsidade ideológica, uso de documento falso e ocultação indevida de valores.

A ação tem apoio da Receia Federal e é realizada pela delegacia da PF em Bauru e pela delegacia de repressão e combate à corrupção e aos crimes contra sistema financeiro nacional da superintendência em São Paulo.