Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) – A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira operação que apura um suposto esquema de corrupção em obras do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) e que tem como alvos funcionários do órgão e empresas contratadas para a realização de obras, informou a corporação.

A operação, batizada de Rolo Compressor, é realizada em cinco Estados e no Distrito Federal e tem apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Receita Federal.

De acordo com a PF, o suposto esquema de fraudes, corrupção e lavagem de dinheiro funcionaria há mais de 10 anos. As investigações começaram em 2015 e apontaram fraudes nas contratações e execução de obras públicas. As irregularidades incluem superfaturamento e sobrepreço com objetivo de  desviar recursos públicos.

A operação tem como principais alvos servidores públicos do Dnit e empresas responsáveis pela execução e supervisão de obras contratadas pelo órgão no Paraná.

Em apenas um dos contratos sob investigação, no valor de mais de 700 milhões de reais, houve prejuízo de mais de 60 milhões de reais para os cofres públicos, segundo auditoria da CGU.

A operação ocorre no Paraná, Mato Grosso, Santa Catarina, Distrito Federal, Minas Gerais e São Paulo, mobiliza 125 agentes e há um mandado de prisão contra um dos investigados.

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