Sete oficiais da Polícia Militar do Rio acusados de participar de um esquema de desvio de recursos do Fundo de Saúde da PM (Fuspom) e cometer os crimes de corrupção passiva, peculato e falsidade ideológica são alvo da Operação Carcinoma III, deflagrada nesta terça-feira, 20, pela Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança (SSINTE/SESEG), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Rio e a Corregedoria da PM.

O objetivo é cumprir mandados de prisão preventiva contra os coronéis da PM Ricardo Pacheco, ex-Estado Maior Administrativo, e Kleber Martins, ex-diretor da Diretoria Geral de Administração Financeira (DGAF), do tenente-coronel Marcelo de Almeida Carneiro, ex-subdiretor administrativo do Hospital da PM de Niterói (HPMNit) e outros oficiais da corporação. Também estão sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão.

De acordo com a denúncia do MP, o bando foi responsável pela compra de 18 mil kits de substratos fluorescentes (substância usada para detectar a presença de bactérias) para o HPMNit, no total de R$ 1,7 milhão, de forma irregular, em setembro de 2014. Este é o oitavo processo criminal instaurado pelo GAECO referente a fraudes no setor de saúde da PM.

A primeira Operação Carcinoma, de dezembro de 2015, cumpriu 21 mandados de prisão, dos quais 11 contra oficiais da PM. A segunda, em março deste ano, resultou em três prisões de empresários e duas de PMs.