13/06/2016 - 9:57
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) prevê que a produção brasileira continuará crescendo, mas em ritmo menos intenso que o esperado anteriormente. Em relatório divulgado na manhã desta segunda-feira, 13, a entidade prevê que o Brasil produzirá média de 3,11 milhões de barris de petróleo diários (BPD) em 2016, volume 40 mil barris superior ao observado no ano passado. Em maio, a entidade previa que o crescimento brasileiro seria mais intenso, com 60 mil barris no ano. Portanto, a entidade cortou a previsão para o País em 20 mil barris diários.
A Opep explica que a produção brasileira continua em expansão, mas a manutenção de operações em alguns campos existentes vai anular parte desse crescimento. Em abril, por exemplo, a produção de petróleo e gás natural cresceu pela retomada da operação da P-31 e da P-48 na Bacia de Campos. Por outro lado, a manutenção nas plataformas Cidade de Angra e Cidade de Paraty pesou sobre a produção do pré-sal. A Organização cita estudo da consultoria Energy Aspects que estima que a manutenção de plataformas afetou 5% da produção brasileira em abril, na comparação com igual mês do ano passado.
Mesmo com a manutenção de algumas áreas produtoras, o Brasil deve terminar o ano com aumento dos volumes, já que novas plataformas estão programadas para iniciar os trabalhos nos próximos meses. A plataforma Cidade de Saquarema, por exemplo, deve começar a extrair petróleo do pré-sal em julho com 150 mil barris diários. Já a plataforma Cidade de Caraguatatuba começa a operar no terceiro trimestre com mais 100 mil barris diários.
“Mesmo assim, o crescimento não deve ser superior mais que 40 mil barris diários, para média de 3,11 milhões de barris em 2016, número de 20 mil barris menor que a previsão do mês passado”, cita o relatório da Opep.
América Latina
Com esse desempenho, o Brasil deve ser o único país da América Latina com crescimento da produção em 2016. A entidade prevê que a região terminará o ano com produção média diária de 5,15 milhões de barris. O volume é 40 mil barris menor que a média do ano passado. “Só o Brasil deve ter crescimento”, cita o documento.
Na Colômbia, por exemplo, a produção média de 2016 deve ser de 990 mil barris diários, volume médio 40 mil barris menor que o observado no ano passado. “A produção deve ser negativa diante da falta de investimentos apropriados e gastos necessários”, cita o documento. No primeiro trimestre, a produção média colombiana ficou em 980 mil barris diários, com queda de 70 mil barris na comparação anual.