O fornecimento mundial de petróleo deve cair ainda mais este ano, de acordo com as estimativas atualizadas nesta quarta-feira, 13, pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que tem sede em Viena, na Áustria. Para 2020, o suprimento da commodity pelos países que não fazem parte do cartel foi revisado em quase 2 milhões de barris por dia (bpd) em relação à projeção do mês passado, e agora está previsto um declínio de 3,5 milhões de bpd. As principais revisões do mês, conforme o documento, são baseadas em suspensão de produção ou planos de redução anunciados pelas empresas de petróleo – incluindo as principais, especialmente na América do Norte.

A Opep calculou que, em todo o globo e não incluindo os países que participaram da Declaração de Cooperação em 6 de maio, foram anunciados cortes de produção de cerca de 3,6 milhões de bpd até o momento, em resposta à falta de demanda, baixos preços da commodity, excesso de fornecimento e capacidade limitada de armazenamento.

A previsão de crescimento da oferta de petróleo para 2020 pelos Estados Unidos foi revisada em 1,3 milhão de bpd para mostrar agora um declínio de 1,4 milhão de bpd este ano na comparação com 2019 – estava em queda de 150 mil bpd no relatório de abril. Outras grandes revisões para baixo são realizadas para o Canadá e o Brasil também, segundo a Opep.

“Prevê-se que o suprimento de petróleo em 2020 mostre crescimento apenas na Noruega, Brasil, Guiana e Austrália”, voltou a citar a instituição, considerando os mesmos países apontados há um mês.

Para 2019 – a estimativa para o ano passado ainda não foi fechada – a Opep prevê agora um crescimento um pouco maior da oferta de petróleo fora da Organização. A leve revisão de 40 mil bpd em relação à avaliação do mês anterior ocorreu devido a uma revisão de alta nos dados de produção da Austrália, que deve ter crescido em 2,02 milhões de bpd no ano passado.

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