O novo secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o nigeriano Mohammed Barkindo, afirmou que o grupo pode vir a adotar um teto de produção da commodity no futuro, “mas agora estamos confortáveis” sem essa medida. A autoridade falou após o fim da reunião desta quinta-feira da Opep, que terminou sem nenhuma decisão para conter a produção.

O comunicado oficial da Opep afirmou que o grupo monitorará o mercado de petróleo e deve se reunir novamente em 30 de novembro em Viena. Até lá, o cartel disse que monitorará o mercado.

O ministro do Petróleo da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, afirmou que o mercado é que decidirá o preço do petróleo, rechaçando a ideia de se impor uma cota na produção. Segundo ele, os mercados de petróleo já estão melhorando.

O ministro do Petróleo do Irã, Bijan Zanganeh, disse após a reunião que ainda é cedo para a Opep decidir sobre cotas. Teerã tem resistido a dar esse passo, no momento em que eleva suas exportações da commodity após se livrar de sanções internacionais. “A atual situação do mercado de petróleo é boa”, avaliou Zanganeh. Ainda segundo ele, não há sinais de que outros membros da Opep estejam planejando impulsionar a produção.

O ministro do Petróleo do Catar, Mohammed al-Sada, também mostrou visão similar após a reunião, ao dizer que, com a alta recente nos preços, não há pressão sobre a Opep para influenciar o mercado. “O pior já passou para o petróleo”, disse o ministro em entrevista coletiva após a reunião.

Nesta quinta-feira, o grupo concordou em permitir a volta do Gabão, duas semanas após o país do oeste africano ter deixado o cartel. Com uma produção de 240 mil barris por dia, o Gabão será o menor entre os agora 14 integrantes da Opep. Fonte: Dow Jones Newswires.

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