LONDRES/MOSCOU (Reuters) – A Opep+ deve manter um acordo já existente de adicionar 400 mil barris por dia (bpd) à produção para novembro, quando se reunir na próxima semana, disseram fontes, apesar de o petróleo ter atingido uma máxima de três anos acima de 80 dólares o barril e da pressão dos consumidores por mais oferta.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados liderados pela Rússia, conhecida como Opep+, concordou em julho em aumentar a produção em 400 mil bpd por mês para eliminar 5,8 milhões de bpd em cortes. A organização também concordou em avaliar o acordo em dezembro.

“Até agora, manteremos o plano de aumento de 400 mil bpd”, disse uma das fontes.

A Opep+, que tem realizado reuniões regulares, concordou em setembro em continuar com seus planos existentes para um aumento da produção em outubro.

O Comitê Técnico Conjunto da Opep+ (JTC, na sigla em sigla em inglês), que se reuniu nesta quarta-feira, vê o mercado de petróleo com superávit de 1,4 milhão de bpd no próximo ano em seu cenário base, um pouco abaixo da previsão anterior de 1,6 milhão de bpd, mostrou uma apresentação vista pela Reuters.

No discurso de abertura ao JTC, o secretário-geral da Opep, Mohammad Barkindo, disse que o atual acordo da organização está ajudando a manter o mercado de petróleo equilibrado.

O petróleo Brent subiu para uma máxima de três anos acima de 80 dólares o barril na terça-feira, impulsionado por interrupções não planejadas nos Estados Unidos e uma forte recuperação da demanda após o impacto da pandemia. Os preços estavam sendo negociados um pouco abaixo de 80 dólares nesta quarta-feira.

(Reportagem de Ahmad Ghaddar e Alex Lawler em Londres, Olesya Astakhova e Vladimir Soldatkin em Moscou)

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