A empresa OpenAI, criadora da ferramenta ChatGPT, apresentou nesta segunda-feira (13) seu novo modelo de inteligência artificial generativa, o GPT-4o, com novas capacidades de produção e compreensão de textos, imagens e sons, e que estará disponível gratuitamente.

“Estamos muito, muito entusiasmados em apresentar o GPT-4o a todos os nossos usuários gratuitos”, disse Mira Murati, diretora de tecnologia da start-up com sede na Califórnia, nos Estados Unidos, em uma entrevista coletiva virtual.

O novo modelo será implantado em produtos OpenAI nas próximas semanas, segundo a empresa.

A apresentação da empresa que lançou a revolução da inteligência artificial generativa foi muito aguardada, no momento em que os gigantes tecnológicos multiplicam os anúncios de novas ferramentas de IA, cada vez mais poderosas e personalizadas.

Ao apresentar esta nova versão, a OpenAI mostrou um assistente movido por voz, capaz de reproduzir de forma surpreendente a fluidez das discussões entre humanos.

“Há transcrição, inteligência e capacidade de falar reunidas para atribuir o modo vocal”, resumiu Murati, que mostrou com dois colegas como os usuários podem interagir com o ChatGPT.

O assistente de IA da OpenAI, que os usuários podem interromper facilmente, é capaz de ler as emoções em seus rostos através da câmera do smartphone, orientá-los em exercícios respiratórios, contar-lhes uma história ou ajudá-los a resolver um problema matemático, entre outras coisas.

– Corrida pela IA –

Esta nova versão do programa da OpenAI chega um dia antes da também aguardada apresentação do Google sobre o Gemini, que concorre com o ChatGPT.

A corrida por modelos de IA levou a Microsoft (principal investidora da OpenAI) a se tornar a maior empresa do mundo em capitalização de mercado, retirando da Apple o primeiro lugar.

OpenAI e Microsoft competem com Google pela posição de líder do setor, embora a Meta (controladora do Facebook) e a Anthropic (com investimento da Amazon) também estão na briga.

Todas as empresas da área estão tentando descobrir como cobrir os custos exorbitantes da IA generativa, muitos dos quais vão para a gigante americana de chips e semicondutores Nvidia.

Até agora, as versões gratuitas disponíveis eram aquelas com menos recursos dos programas OpenAI ou Google, e há dúvidas se o público em geral está disposto a pagar para continuar tendo acesso.

Os criadores dessas ferramentas também enfrentam uma pressão cada vez maior de autores e criadores, que passaram a exigir contribuições para a utilização de seu conteúdo no treinamento de seus modelos de IA, o que também tende a encarecer a tecnologia.

A OpenAI assinou acordos de conteúdo com Associated Press, Financial Times e Axel Springer, mas também está envolvida em um processo judicial com o jornal The New York Times.

A empresa também enfrenta diversas ações legais de artistas, músicos e autores nos Estados Unidos.

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