20/04/2022 - 15:38
Os casos e mortes por covid-19 diminuíram nas Américas, exceto no norte, e 14 países da região já vacinaram totalmente 70% de sua população, informou a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) nesta quarta-feira (20).
Na última semana, os casos de covid-19 nas Américas diminuíram 2,3% e as mortes 15,2% em relação à semana anterior, mas no norte do continente, as infecções aumentaram 11,2%, e no Canadá, as internações também aumentaram em mais de 20%, disse Carissa Etienne, diretora da Opas, em uma entrevista coletiva virtual.
Além disso, com a retomada do turismo, os casos também aumentaram em alguns territórios caribenhos, como São Cristóvão e Névis, Santa Lúcia, Barbados e São Martinho.
Mais de dois terços das pessoas na América Latina e Caribe receberam duas doses, e muitos países da região têm algumas das maiores taxas de cobertura do mundo, disse a Opas, entidade regional da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Quatorze países já atingiram a meta da OMS de vacinar totalmente 70% de sua população até 30 de junho, disse a organização, observando “progressos consideráveis desde o início do ano”.
“Há oito países e territórios que já vacinaram mais de 60% de sua população” e nos primeiros três meses de 2022 a Nicarágua aumentou a cobertura em 18%, Peru e Colômbia em 12% e Bolívia e Venezuela em quase 10%, detalhou a Opas.
No entanto, em algumas regiões a vacinação desalecerou ou se estagnou, como no Caribe, onde menos de 30% da população completou seu esquema vacinal. Esse é também o caso do Haiti, Jamaica, São Vicente e Granadinas e Santa Lúcia.
Guatemala, Guiana e Paraguai também não conseguiram vacinar metade da população.
“Agora temos suprimentos suficientes de vacinas para atender à demanda em toda a nossa região”, explicou Etienne, que pediu aos países que integrem as vacinas anticovid-19 com outras imunizações de rotina para ajudar “as famílias a ficar em dia com todas as vacinas de vez”.
A diretora da Opas também enfatizou a importância de vacinar mulheres grávidas porque em alguns países a covid-19 “se tornou a causa número um de mortes maternas”.