Pesquisadores holandeses interromperam o teste clínico do medicamento sildenafil em mulheres grávidas devido à morte de 11 bebês por doença pulmonar, depois que suas mães foram tratadas com a droga, comumente vendida como Viagra e Revatio. As informações são da CNN.

Segundo o Centro Médico da Universidade de Amsterdã, as mães faziam parte de uma pesquisa para avaliar a segurança e a eficácia do medicamento no tratamento de fetos com severos problemas de crescimento e que apresentavam risco significativo de nascer mortos ou morrer após o nascimento.

A restrição de crescimento fetal acontece quando o feto não obtém nutrientes ou oxigênio suficientes da placenta, em função de a mãe ter pressão alta, diabetes não controlada ou uma condição chamada pré-eclâmpsia. Bebês nascidos pequenos podem apresentar vários problemas, incluindo tamanhos menores de cabeça, falta de fluxo sanguíneo nos intestinos e até mesmo vir a óbito.

Metade das 183 mães do estudo foi tratada com sildenafil, enquanto a outra metade foi tratada com placebo. No momento em que foram tratadas, as mães não sabiam qual tratamento estavam recebendo, o que é padrão nos estudos clínicos.

A esperança era que a droga abrisse alguns vasos sanguíneos na placenta e pudesse ajudar no crescimento do feto, mas os pesquisadores holandeses acabaram descobrindo que o sildenafil faz com que bebês desenvolvam uma doença que causa o aumento da pressão nos vasos sanguíneos nos pulmões.

Ainda de acordo com a declaração do Centro Médico da Universidade de Amsterdã, dezenove bebês nascidos de mulheres tratadas com a droga morreram, 11 deles devido à doença pulmonar. Seis bebês nasceram com a doença pulmonar e sobreviveram.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Em comparação, nove bebês nascidos de mulheres tratadas com placebo morreram, mas nenhum deles apresentava distúrbio no pulmão. Três bebês com distúrbios pulmonares nasceram de mulheres tratadas com placebo e todos sobreviveram.

O desenvolvimento das crianças que sobreviveram ao estudo interrompido continuará a ser monitorado e os dados serão analisados ​​posteriormente.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias