O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse a jornalistas nesta quarta-feira, 27, que o governo tem buscado pacificar suas relações com deputados e senadores após os atritos da última semanas em torno da tramitação da proposta de reforma da Previdência. Ele ponderou, no entanto, que no processo de apaziguar o clima entre Executivo e Legislativo é possível haver “escorregões”.

“Acho que estamos exatamente nesse momento da pacificação. Ainda pode ter um escorregãozinho aqui, uma escorregadinha acolá, mas o sentido das conversas de ontem, das conversas de hoje, e voltei a falar com vários líderes da Câmara é esse: estamos todos imbuídos em buscar a construção do entendimento”, disse o ministro.

Onyx informou que na próxima semana, assim que voltar de uma viagem a Jerusalém, Israel, na quinta-feira, 4, o presidente Jair Bolsonaro receberá presidentes do MDB, PSDB, PRB, PP e DEM como forma de aproximação do Planalto com o Congresso. “(Objetivo é) Fazer a construção e dizer que enfrentamos período eleitoral conturbado, que governo deseja entendimento, e que precisamos fazer política a favor da sociedade.”

Ao ser questionado sobre as recentes estocadas trocadas entre Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Onyx disse que “eventuais colocações ainda fazem parte desse processo” de apaziguamento. Ele comparou a fase ao tratamento de uma febre. “Tomar o antitérmico não vai resolver na hora a febre, tem um tempinho para que ela ceda e a pessoa saia daquela situação”, disse.

Hoje, Maia disse que Bolsonaro está “brincando de presidir o País”. Em resposta, o presidente classificou como irresponsável a declaração do parlamentar. “Se foi isso mesmo que ele falou, eu lamento. Não é uma palavra de uma pessoa que conduz uma Casa. Muita irresponsabilidade”, disse Bolsonaro.

“O presidente Bolsonaro sempre disse que em alguns momentos deu suas caneladas. Ele é assim. Acho que agora a gente precisa desse tempo de apaziguamento”, justificou Onyx.

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