O ministro extraordinário da Transição, Onyx Lorenzoni, defendeu nesta terça-feira, 11, que sejam realizadas todas as investigações necessárias para se esclarecer os depósitos em espécie feitos na conta de um ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente eleito Jair Bolsonaro.

“Presidente Bolsonaro é um homem que sempre se pautou pela verdade, não teme a verdade e a gente tem total tranquilidade nessa circunstância e em qualquer outra. A longa vida pública dele é o atestado maior. […] Precisamos aguardar a investigação para poder fazer juízo depois”, disse Onyx.

Mais da metade dos depósitos recebidos por Fabrício José Carlos de Queiroz, ex-motorista de Flávio, aconteceram no dia do pagamento dos funcionários da Assembleia Legislativa do Rio ou em até três dias úteis depois. Os dados constam de relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Onyx afirmou defender a tese de que o Coaf deveria se transformar em uma agência de investigação financeira para poder ampliar seus poderes de atuação. Questionado sobre se o futuro governo poderia fazer esta mudança no órgão, ele afirmou que a decisão caberá ao futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro.

Na semana passada, o futuro ministro da Casa Civil abandonou uma entrevista coletiva ao ser perguntado sobre o assunto. Questionado hoje se Bolsonaro já deu maiores detalhes sobre o caso a ele, Onyx afirmou que ainda não teve tempo de conversar com o futuro presidente a respeito, mas informou que o acompanhará nos exames médicos que realizará em São Paulo na sexta-feira, 14. “A gente no avião vai ter condição de conversar mais, mas nesse momento não tenho nenhuma informação”, disse.

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