As Nações Unidas reunirão, a partir do fim do mês, informações sobre denúncias de violência e agressões sexuais por parte do Hamas durante o ataque a Israel em outubro, indicou um porta-voz da organização nesta quarta-feira (10).

Em visita a Israel e à Cisjordânia, a representante especial da ONU sobre violência sexual em conflitos, Pramila Patten, “coletará informações sobre violência sexual supostamente cometida no contexto dos ataques de 7 de outubro e suas consequências”, disse o porta-voz da Secretaria-Geral, Stephane Dujarric.

“Espera-se que ela se encontre com sobreviventes, testemunhas e outros afetados pela violência sexual, a fim de identificar formas de apoio”, explicou Dujarric, acrescentando que Patten também planeja se encontrar com “reféns e detidos recentemente libertados”.

Patten estará “acompanhada por especialistas em entrevistas éticas e seguras, evidências forenses, análises digitais e responsabilidade”, acrescentou, com sua viagem como parte do “exercício de seu mandato de acordo com uma metodologia padrão das Nações Unidas”.

A ONU foi criticada por “não responder suficientemente rápido” aos relatos de vítimas sobre estupros e agressões sexuais que teriam sido cometidos durante a incursão do Hamas em Israel.

No ataque, houve 1.140 mortes, a maioria de civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelenses.

Os combatentes do Hamas também capturaram cerca de 250 reféns, dos quais 132 permanecem na Faixa de Gaza, incluindo pelo menos 25 que se acredita terem sido assassinados, após a libertação de cerca de 100 em uma troca de prisioneiros em novembro.

A resposta de Israel, com uma campanha militar implacável, causou a morte de pelo menos 23.357 pessoas, a maioria mulheres e crianças, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, governada pelo Hamas.

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