O Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta quinta-feira (30) – por unanimidade – a renovação por um ano da missão dos Capacetes Azuis no Líbano, insistindo na necessidade de aplicar plenamente o embargo às armas, como foi pedido pelos Estados Unidos.

Sempre sob iniciativa dos Estados Unidos, a resolução adotada empurra “o governo libanês a desenvolver um plano para aumentar as suas capacidades navais” a fim de eliminar eventualmente o componente naval da Força Provisória das Nações Unidas no Líbano (FPNUL), informou o organismo.

“Com o apoio do Irã, o Hezbollah desenvolveu o seu arsenal no Líbano, ameaçando diretamente a paz ao longo da linha azul (que demarca o limite entre Líbano e Israel) e a estabilidade em conjunto do Líbano”, afirmou o representante dos Estados Unidos, Rodney Hunter.

Após a proibição internacional da venda de armas no Líbano há 12 anos, excetuando ao governo e às forças de paz da FPNUL, “é inaceitável que o Hezbollah continue burlando esse embargo, a soberania do Líbano e a vontade da maioria do povo libanês”, acrescentou.

Consultado sobre a contradição entre exigir mais respeito ao embargo de armas e querer eliminar uma ferramenta naval responsável por vigiar as 20 milhas da costa libanesa, um diplomata incluiu entre as razões o desejo dos Estados Unidos de reduzir os custos da missão de manutenção da paz, que hoje conta com 10 mil soldados.

O componente naval da FPNUL compreende meia dúzia de navios militares equipados com armas e radares. Continua sem esclarecimento a posição de Israel sobre a presença naval internacional perto do seu território.

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O texto, redigido pela França, não menciona o Hezbollah, apesar de os Estados Unidos terem solicitado, segundo os diplomatas. A maioria dos membros do Conselho, como o Líbano, originalmente queria uma renovação do mandato de forma virtual idêntica à aprovada há um ano, indicou um deles.

Entre as inflexões, o Conselho de Segurança exige que a FPNUL continue melhorando a sua eficácia na área de mobilização no sul do Líbano, enquanto sobre o embargo de armas insiste na obrigação de que “todos os Estados devam levar em conta as medidas necessárias para evitar que seus cidadãos utilizem navios ou aviões para vender ou fornecer armas a qualquer entidade ou pessoa no Líbano que não seja autorizada pelo governo ou pela FPNUL”.


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