ROMA, 12 AGO (ANSA) – O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu nesta terça-feira (12) uma “investigação independente e imparcial” a respeito do assassinato na Faixa de Gaza de seis jornalistas, sendo cinco do canal de televisão Al Jazeera, pelo exército israelense.
“Esses últimos homicídios destacam os riscos extremos que profissionais da imprensa continuam a enfrentar ao cobrir a guerra em curso” no enclave, disse o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, em comunicado sobre a solicitação de Guterres.
Ontem, a ONU já havia condenado o ataque de Israel ao destacar que o bombardeio mirado contra uma tenda utilizada pela imprensa perto de um hospital na Cidade de Gaza é uma “grave violação do direito internacional humanitário”.
“Israel deve respeitar e proteger todos os civis, incluindo jornalistas. Pelo menos 242 jornalistas palestinos foram mortos em Gaza desde 7 de outubro de 2023”, afirmou o escritório na ocasião, cobrando um “acesso imediato, seguro e irrestrito para todos os jornalistas” no território palestino, onde a imprensa internacional não está autorizada a entrar.
Ainda na segunda, o exército israelense confirmou ter atacado a tenda de propósito para matar o repórter da Al Jazeera Anas al-Sharif, tido pelo país judeu como “terrorista” e colaborador do Hamas.
As outras vítimas são o jornalista Muhammad Qreiqeh, o fotógrafo freelancer Mohammed al-Khaldi e os cinegrafistas Ibrahim Zaher, Mohammed Noufal e Moamen Aliwa. (ANSA).