As Nações Unidas fizeram um apelo ao governo de Honduras, na sexta-feira (12), para que tome medidas ante a “grave situação de violência” contra as mulheres.

No ano passado, 380 foram assassinadas e, desde o início de 2024, já são 11 homicídios.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos “pede uma ação contundente por parte do Estado para garantir o direito das mulheres a uma vida livre de violência”, observou a organização em um comunicado divulgado por sua delegação em Tegucigalpa.

No último domingo, Honduras foi abalada pelo desaparecimento de três jovens na ilha turística caribenha de Roatán, cujos corpos foram posteriormente encontrados baleados dentro de um veículo. Um americano que fugiu para seu país é o principal suspeito.

A agência da ONU manifestou “sua preocupação”, porque em 2023 foram assassinadas 380 mulheres em Honduras, 24,2% a mais do que em 2022. Além disso, “o sistema 911 registrou 78.214 denúncias de violência contra as mulheres entre janeiro e novembro de 2023”, lamenta.

“É igualmente preocupante” que “pelo menos 11 mulheres tenham sido assassinadas nos primeiros dez dias de 2024”, acrescentou.

O texto ressalta que a morte violenta das três jovens em Roatán “evidencia a urgência de se implementar, urgentemente, uma estratégia integral do Estado para a abordagem da violência baseada no gênero”.

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