Cerca de 2,7 milhões de venezuelanos fugiram de seu país desde o início da crise política e econômica, e o fluxo de saídas não diminui, anunciou a ONU nesta sexta-feira.

Em um comunicado conjunto, o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM) informaram que, no total, 3,4 milhões de venezuelanos vivem no exterior, dos quais 700.000 partiram antes de 2015.

Desde esta época, cerca de 2,7 milhões de venezuelanos encontraram refúgio em países vizinhos, como Colômbia e Peru.

Em média, no ano de 2018, 5.000 pessoas deixaram a Venezuela a cada dia.

Com base nesses números, a ONU declarou em dezembro que espera que o número de pessoas fugindo do país atinja os 5,3 milhões no final desse ano.

A Colômbia recebeu 1,1 milhão de refugiados e migrantes venezuelanos, seguida pelo Peru, com 506.000 pessoas, Chile 288.000, Equador 221.000, Argentina 130.000 e Brasil 96.000.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

“Os países da região estão demonstrando grande solidariedade em relação aos refugiados e migrantes da Venezuela (…) Mas esses números ressaltam os desafios que pesam sobre as comunidades de acolhida e as necessidades permanentes de apoio da comunidade internacional”, declarou Eduardo Stein, representante especial do Acnur e da OIM para os refugiados e migrantes da Venezuela.

O êxodo de venezuelanos fugindo da situação econômica desastrosa no país é considerado pela ONU o mais maciço da história recente da América Latina.

A Venezuela possui as maiores reservas de petróleo do mundo, mas está asfixiada por uma profunda crise econômica e é alvo de sanções financeiras dos Estados Unidos.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias