O Conselho de Segurança das Nações Unidas estendeu nesta sexta-feira (15) a missão da ONU no Haiti por nove meses, depois que a China e as potências ocidentais chegaram a um acordo de última hora.

O Conselho aprovou por unanimidade uma resolução ampliando o mandato por menos tempo do que Washington esperava, um ano, mas mais do que os seis meses que Pequim queria.

A votação ocorreu pouco depois das 22h GMT, horas antes de expirar a missão política, agora estendida até 15 de julho de 2022, em um país mergulhado em uma crise que se agravou com o assassinato do presidente Jovenel Moise em julho.

Pequim deixou claro que vetaria a prorrogação do mandato por um ano. O acordo de nove meses inclui uma avaliação do secretário-geral da ONU após seis meses.

O Escritório Integrado das Nações Unidas no Haiti (BINUH) foi criado em outubro de 2019, após o fim de 15 anos de operações de manutenção da ordem da ONU, e tem sido objeto de atrito entre Washington e Pequim.

Seu mandato inclui fortalecer a estabilidade política e a governança na ilha, com forte influência dos EUA. Segundo diplomatas, a China quer punir o Haiti por reconhecer Taiwan.

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No início do mês, o Conselho de Segurança concordou em adiar as eleições no Haiti até o segundo semestre de 2022.


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