O Conselho de Segurança da ONU estendeu nesta sexta-feira (28) por um ano, até 31 de maio de 2022, o embargo de armas imposto desde 2018 ao Sudão do Sul, com cláusula de revisão de sua relevância em meados de abril de 2022.
O projeto de resolução, elaborado pelos Estados Unidos, foi aprovado por 13 votos a favor dos 15 membros do Conselho de Segurança, segundo diplomatas. Índia e Quênia se abstiveram.
As ONGs Anistia Internacional e Human Rights Watch há muito apelam para a renovação do embargo de armas.
Em sua resolução, o Conselho de Segurança expressa sua “profunda preocupação com a continuação dos combates no Sudão do Sul” e condena as “repetidas violações” dos acordos sobre a cessação das hostilidades, a proteção de civis e o acesso humanitário.
O Conselho expressou também sua “disposição de revisar as medidas de embargo de armas, inclusive por meio da modificação, suspensão ou levantamento progressivo de tais medidas, à luz do progresso”.
Entre eles, a reestruturação das forças de defesa e segurança, a implementação de um programa de desarmamento, desmobilização e reintegração de combatentes e a reforma da gestão das reservas de armas e munições.
As sanções individuais existentes até 31 de maio de 2022 também são renovadas, e o Conselho alerta que não descarta acrescentar nomes à sua lista.
O Sudão do Sul foi palco de uma guerra civil de seis anos na qual morreram cerca de 380.000 pessoas e que terminou oficialmente com a criação de um governo de unidade nacional em fevereiro de 2020.