A primeira retirada de forças da cidade estratégica de Hodeida, no Iêmen, pode começar nesta terça (19) ou na quarta-feira, no primeiro passo para a redução da violência provocada pela guerra que castiga este país da Península Arábica.

O governo do Iêmen e os rebeldes huthis acertaram no domingo a primeira fase da retirada de suas forças, uma condição fundamental no acordo para um cessar-fogo alcançado em dezembro na Suécia.

O enviado da ONU, Martin Griffiths, disse ao Conselho de Segurança que as partes acordaram retirar suas forças dos portos Saleef e Ras Issa, nas mãos dos rebeldes, depois de uma retirada no porto de Hodeida, que mantém mantêm os huthis no poder, assim como de outras partes críticas da cidade.

“Com o início, possivelmente hoje ou amanhã, da implementação dessa parte do acordo de Hodeida, temos agora a oportunidade de passar da promessa que fizemos na Suécia à esperança no Iêmen”, disse Griffiths ao conselho, falando em um vídeo de Amã.

A retirada permitiria também o acesso nos próximos dias de comida aos celeiros do Mar Vermelho, os quais aparentemente têm cereais em quantidade suficiente para alimentar 2,7 milhões de pessoas durante um mês, disse o coordenador da assistência da ONU, Mark Lowcock.

O frágil acordo de cessar-fogo para Hodeida alcançado em Estocolmo é o primeiro passo para pôr um fim a uma guerra devastadora que levou a população do Iêmen à beira da inanição.

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O porto do Mar Vermelho é a porta de entrada para a maior parte dos bens e da ajuda ao Iêmen, cuja situação foi descrita pelas Nações Unidas como a pior crise humanitária do mundo.

Os rebeldes iemenitas entraram em uma guerra com as forças do governo apoiado desde 2015 por uma coalizão liderada pela Arábia Saudita.


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