As Nações Unidas acusaram a Rússia, neste domingo (18), de manter o bloqueio às entregas de ajuda humanitária nas regiões controladas por Moscou no leste da Ucrânia, afetadas pela destruição recente da represa de Kakhovka.

A destruição da represa, em 6 de junho, inundou grandes áreas da região de Kherson, sob controle ucraniano e russo, forçando centenas de pessoas a fugirem e gerando temores de um desastre ambiental.

“O Governo da Federação Russa tem declinado até o momento nossa exigência de ter acesso às áreas sob seu controle militar temporário”, informou em nota Denise Brown, coordenadora humanitária para a Ucrânia.

“As Nações Unidas vão continuar fazendo tudo o que puderem para chegar a todas as pessoas – inclusive àquelas desabrigadas pela destruição da represa – que precisam urgentemente de assistência para salvar vidas, não importa onde estejam”, acrescentou Brown.

“Instamos as autoridades russas a agirem em concordância com suas obrigações sob as normas humanitárias internacionais”, acrescentou.

No sábado, funcionários nas regiões sob controle russo anunciaram que o balanço provocado pela destruição da infraestrutura é de 29 mortos, enquanto Kiev reportou ao menos 16 óbitos e 31 desaparecimentos devido às inundações.

Kiev e Moscou trocam acusações pelo ataque à represa no rio Dnieper.

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