A Organização para a Alimentação e a Agricultura da ONU (FAO) celebrou, neste sábado (9), a criação do “Dia Internacional da Batata”, que permitirá “sensibilizar” o público sobre o papel-chave deste tubérculo cultivável na luta contra a desnutrição.

As Nações Unidas adotaram, na sexta-feira, uma resolução para declarar o 30 de maio Dia Internacional da Batata, uma “comemoração” que permitirá, segundo a FAO, “difundir a importância da batata na agricultura mundial, no desenvolvimento econômico, na segurança alimentar e na nutrição”.

Esta comemoração anual foi promovida pelo Peru, “que apresentou uma proposta para sua adoção na Assembleia Geral das Nações Unidas com base em uma resolução da Conferência da FAO em 7 de julho de 2023”, destacou esta última em um comunicado, lembrando que a ONU declarou 2008 o ano internacional da batata.

Além do combate à fome, este dia internacional “fomentará o desenvolvimento agrícola, a segurança alimentar, a preservação da biodiversidade e as funções dos ecossistemas”, declarou Víctor García Toma, representante permanente do Peru na Assembleia Geral das Nações Unidas.

O Peru, onde existem milhares de variedades deste tubérculo e abriga um Centro Internacional da Batata (CIP, na sigla em espanhol), é um dos berços do cultivo.

Este alimento milenar, originário da região dos Andes, chegou à Europa no século XVI e depois se espalhou pelo resto do mundo.

Atualmente, contribui para “melhorar os meios de subsistência nas zonas rurais e em outras regiões onde os recursos naturais, em particular as terras cultiváveis e a água, são limitados e os insumos, caros”, ressaltou a FAO.

A batata “também é um cultivo respeitoso com o clima porque gera baixos níveis de emissões de gases de efeito estufa em comparação com outras culturas”, afirmou a agência da ONU.

No entanto, a produção de batatas “enfrenta várias ameaças e desafios, especialmente pragas e doenças” como a requeima (Phytophthora infestans), além de várias doenças bacterianas ou o escaravelho-da-batata, entre outras, lembrou a FAO, que pretende “ajudar seus membros a construir cadeias de valor resilientes e adaptadas ao contexto da batata”.

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