A Assembleia Geral da ONU criou nesta terça-feira (26) um grupo de especialistas científicos sobre inteligência artificial (IA) que será responsável por ajudar a comunidade internacional na tomada de decisões informadas sobre este tema sensível.
Preocupados com o rápido desenvolvimento de tecnologias que poderiam ameaçar a democracia e os direitos humanos, os Estados membros da ONU se comprometeram em setembro passado a criar um grupo de especialistas com o objetivo de esclarecer o diálogo internacional entre governos e outros atores do setor.
A Assembleia Geral aprovou nesta terça-feira uma resolução que formalmente cria o “Grupo Científico Internacional Independente de Inteligência Artificial”.
O grupo deverá fornecer “avaliações científicas baseadas em evidências que sintetizem e analisem os estudos existentes sobre as promessas, os riscos e os impactos da inteligência artificial”.
Este relatório anual “servirá para orientar a tomada de decisões, mas não será prescritivo”, informa o texto.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, lançará agora uma convocatória para identificar os 40 futuros membros do grupo que terão uma missão de três anos.
Guterres celebrou a criação de uma “ponte crucial entre a pesquisa avançada em IA e a formulação de políticas”.
“Ao fornecer avaliações científicas rigorosas e independentes, [o grupo] irá ajudar a comunidade internacional a antecipar os desafios emergentes e a tomar decisões informadas sobre como regular esta tecnologia inovadora”, indicou o porta-voz do secretário-geral, Stéphane Dujarric.
Além disso, a resolução adotada inicia um diálogo anual global sobre a governança da inteligência artificial para compartilhar “as melhores práticas e aprendizados” sobre o tema de sistemas de IA “seguros e confiáveis”.
A primeira dessas conversas será realizada à margem da cúpula mundial sobre IA em Genebra em 2026.
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