A ONU anunciou, nesta quarta-feira (24), a criação de um fundo para apoiar os refugiados e deslocados internos perante a crise climática, com o objetivo de arrecadar 100 milhões de dólares (516 milhões de reais) até o final de 2025.

Em um comunicado, a agência da ONU para os refugiados (ACNUR) explica que seu trabalho para construir resiliência à mudança climática já faz parte de suas atividades para proteger e ajudar mais de 114 milhões de pessoas.

“O Fundo de Resiliência Climática lançado hoje reúne todo o trabalho climático do ACNUR, incluindo o Fundo de Proteção Ambiental para Refugiados” criado em 2021, disse a porta-voz do ACNUR, Olga Sarrado, acrescentando que este último recebeu compromissos de contribuições de cinco milhões de dólares (25,8 milhões de reais).

Segundo o ACNUR, o novo fundo financiará iniciativas destinadas a proteger as comunidades mais ameaçadas “fornecendo-lhes os meios não só para se prepararem para os riscos relacionados com a mudança climática, mas também para enfrentá-los e superá-los”.

“Os efeitos da mudança climática são cada vez mais devastadores, o que agrava os conflitos, destrói meios de subsistência e, em última instância, provoca deslocamento”, indicou Filippo Grandi, alto comissário da ONU para os Refugiados.

“Muitos países que mostraram mais generosidade ao receber as pessoas refugiadas são também os mais afetados pela crise climática. Nesse sentido, os recursos disponíveis para enfrentar os efeitos da mudança climática não estão chegando às pessoas deslocadas à força nem às comunidades que as acolheram”, destacou.

O fundo tem como objetivo promover a inclusão dos refugiados nas políticas climáticas adotadas a nível nacional e local.

Disponibilizará recursos ambientalmente sustentáveis nas áreas de deslocamento, fornecendo mais energia limpa para operar a infraestrutura hídrica, as escolas e os serviços de saúde utilizados pelos refugiados e as populações que os acolhem.

Também permitirá construir refúgios adaptados à mudança climática.

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