As Nações Unidas classificaram como “inaceitáveis” os “tiros de advertência” realizados pelo Exército israelense durante a visita de um grupo de diplomatas à localidade de Jenin, na Cisjordânia ocupada, declarou nesta quarta-feira (21) o porta-voz do chefe da organização, que pediu uma “investigação completa”.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, “está alarmado com os relatos do que o Exército israelense chamou de tiros de advertência disparados contra diplomatas, incluindo funcionários da ONU”, afirmou o seu porta-voz, Stéphane Dujarric.
“Está claro que diplomatas que estão cumprindo seu trabalho jamais devem ser alvo de tiros ou de qualquer outro tipo de ataque”, sua segurança “deve ser respeitada em todo momento (…). Esses diplomatas, incluindo o pessoal da ONU, foram alvo de tiros, sejam de advertência ou o que for… o que é inaceitável”, declarou Dujarric à imprensa.
O porta-voz pediu às autoridades israelenses que “conduzam uma investigação completa, compartilhem os resultados conosco e tomem todas as medidas necessárias para evitar que um incidente assim se repita”.
O Exército israelense reconheceu, nesta quarta-feira, que realizou disparos “de advertência” durante uma visita de diplomatas estrangeiros organizada pela Autoridade Palestina a Jenin.
Fontes diplomáticas indicaram que participavam da visita representantes de vários países, incluindo China, Japão, México, Países Baixos, Itália, Espanha e Romênia.
O incidente ocorreu em meio à crescente pressão internacional sobre Israel sobre sua implacável ofensiva na Faixa de Gaza.
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