Cerca de 224 milhões de pessoas estão subnutridas na África, onde as mudanças climáticas e os conflitos aprofundam o problema da insegurança alimentar, advertiu nesta segunda-feira (19) um alto funcionário da ONU.

A falta de acesso a uma quantidade necessária de alimentos para o desenvolvimento e a saúde causa preocupação no momento em que a população do continente deve chegar a 1,7 bilhão de pessoas em 2030. As informações foram apresentadas pelo diretor-geral adjunto da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Bukar Tijani, durante conferência, em Cartum.

Nos países do continente, “a subnutrição passou de 21% para 23%, em média, entre 2015 e 2017”, acrescentou Tijani no primeiro dia da 30ª Conferência Regional para a África.

“No decorrer do mesmo período, o número de pessoas subnutridas aumentou de 200 para 224 milhões. É um tema preocupante para todos nós”, reafirmou.

Centenas de representantes de países africanos participam da conferência de cinco dias na capital do Sudão para discutir os meios de erradicar a fome e a insegurança alimentar no continente.

O aumento dos índices se deve em grande medida à mudança climática e suas catástrofes naturais, que vão desde inundações até secas. Outro causador da insegurança alimentar são os conflitos bélicos em vários países como Somália, Sudão do Sul ou República Centro-Africana, disse Tijani à AFP.

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No entanto, a África atravessa um período de crescimento econômico, e seus mercados agrícola e alimentício podem alcançar um bilhão de dólares em 2030, segundo estimativas que proporcionam mais oportunidades para investidores, concluiu Tijani.


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