O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, afirmou nesta quarta-feira, 16, que pelas informações de ontem existia a possibilidade de um segundo evento na região Norte que levou ao apagão, mas que essa hipótese já foi descartada. Ciocchi ressaltou que o propósito hoje era identificar o evento “zero”, que deu início à interrupção.

Segundo ele, de acordo com as investigações feitas ontem ao longo do dia e à noite, foi identificada a falha no Nordeste, já que as análises apontavam que o evento começou nessa região. Ele destacou que, diferente de outros eventos registrados no País, não houve registros de raio, intempéries, uma queda de torre na linha de transmissão ou qualquer evento que tivesse relacionado.

De acordo com ele, a própria Chesf, subsidiária da Eletrobras, chegou à conclusão que a linha se “abriu”, já que não houve acionamento de proteção que estaria programada. Em outras palavras, a linha de transmissão parou de receber energia por conta de falhas em mecanismos de segurança.

“Abertura de linha não é um evento raro, é um evento, digamos assim, corriqueiro”, disse. Segundo ele, a falha causou uma onda muito grande, que levou à interrupção do serviço de energia aos consumidores. “Em 600 milissegundos, houve a desconexão da fronteira elétrica da região Nordeste, Norte e do Sudeste.”