O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que concluiu a implantação do novo sistema para determinação das usinas que vão gerar energia para o atendimento das necessidades energéticas do País. Denominado “Dessem”, o modelo de otimização de curtíssimo prazo trará informações a cada meia hora do Custo Marginal de Operação (CMO) do sistema elétrico, possibilitando ao operador determinar a operação das usinas com o menor custo total para os consumidores.

De acordo com a ONS, a adoção deste sistema trará benefícios para os agentes do setor, como ganhos de eficiência no despacho das usinas e transparência, menor assimetria de informações entre os participantes do segmento e o início da aproximação da programação da operação com a formação de preço da energia elétrica. Antes da adoção do Dessem, o cálculo do CMO era realizado semanalmente.

Em uma segunda etapa, prevista para janeiro de 2021, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) adotará o modelo Dessem para determinação do preço horário a ser utilizado na contabilização e liquidação do mercado de curto prazo. O anúncio da implantação do novo sistema foi realizado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) em 31 de julho de 2019, após anos de estudos e testes para adoção do modelo. A mudança ocorre em um contexto de aprimoramento da operação do sistema elétrico e modernização do marco regulatório.

O Modelo Dessem, também conhecido como Modelo de Despacho Hidrotérmico de Curtíssimo Prazo, é desenvolvido pelo Centro de Pesquisa de Energia Elétrica (Cepel), da Eletrobras. O seu objetivo é otimizar a operação diária dos sistemas de energia no Brasil, considerando tanto aspectos relacionados à rede elétrica quanto à operação das hidrelétricas, termelétricas e demais componentes do setor.

A conclusão dessa primeira fase envolveu um grupo de cerca de 60 profissionais do ONS e dos agentes do setor elétrico nas últimas semanas de 2019 para conferir os detalhes da adoção do modelo e acompanhar a mudança do sistema no dia 31 de dezembro de 2019.

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