Apesar da pressão dos combustíveis mais caros, as quedas nos preços do ônibus urbano (-3,23%), de alimentos (-0,72%) e de energia elétrica (-0,54%) puxaram a deflação ao consumidor medida pelo Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de agosto, informou nesta quinta-feira, 17, a Fundação Getulio Vargas (FGV).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) passou de uma elevação de 0,02% em julho para uma queda de 0,01% em agosto.

Quatro das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais baixas: Alimentação (de -0,17% em julho para -0,72% em agosto), Educação, Leitura e Recreação (de 0,99% para 0,06%), Vestuário (de 0,31% para -0,23%) e Comunicação (de 0,14% para 0,00%). As principais contribuições partiram dos itens: hortaliças e legumes (de 2,73% para -4,80%), passagem aérea (de 5,50% para -1,13%), roupas (de 0,45% para -0,41%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (de 0,14% para -0,16%).

As taxas foram mais elevadas nos grupos Transportes (de -0,16% para 0,47%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,15% para 0,51%) e Despesas Diversas (de 0,15% para 0,63%), com destaque para os itens automóvel novo (de -4,19% para 0,97%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,36% para 0,91%) e serviços bancários (de 0,08% para 0,92%).

O grupo Habitação repetiu a taxa de variação registrada no mês anterior, -0,24%, tendo como principal influência o gás de bujão (de -2,17% para -0,71%) em sentido ascendente e aparelho telefônico celular (de -0,15% para -0,79%) em sentido descendente.