Várias organizações palestinas de defesa dos direitos de detidos acusaram, nesta segunda-feira (28), as autoridades penitenciárias israelenses de “agredir brutalmente” Marwan Barghouti, o mais conhecido prisioneiro palestino sob custódia em Israel.

Membros do sistema penitenciário agrediram Barghouti em sua cela de isolamento na prisão de Megiddo, no norte de Israel, no dia 9 de setembro, afirmaram em comunicados distintos a Comissão Palestina de Assuntos dos Presos, o Clube de Presos Palestinos e um grupo de apoio a Barghouti.

As organizações obtiveram esta informação de um advogado que conseguiu se reunir com Barghouti no domingo, sua primeira visita em três meses, informou o Clube de Presos à AFP.

A agressão “causou numerosas feridas no corpo de Barghouti, nas costelas (…) assim como uma hemorragia na orelha direita e uma ferida no braço direito, acompanhadas de fortes dores nas costas”, segundo os comunicados que citam o advogado.

A Autoridade Penitenciária Israelense (IPS) declarou à AFP que “desde o dia 7 de outubro, Barghouti apresentou duas pedidos em relação a denúncias de maus-tratos na prisão. O tribunal examinou cada uma de suas reclamações e concluiu que não houve nenhuma violação da lei” por parte da IPS.

Marwan Barghouti, na casa dos sessenta anos e ex-alto funcionário do partido palestino Fatah, foi detido em 2002 por Israel e condenado à prisão perpétua em 2004 por assassinatos.

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