Uma ONG que monitora a situação dos direitos humanos na Síria reportou a morte de oito integrantes da minoria alauita em um posto de controle nesta quarta-feira (4), após registrar outros cinco mortos encontrados em um hospital, dois dias depois que eles haviam sido detidos.
Desde a queda do regime de Bashar al Assad, a comunidade alauita, da qual o ex-presidente é parte, foi alvo de numerosos ataques, incluindo massacres que deixaram mais de 1.700 mortos em março.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) afirmou que “o pessoal de um posto de controle executou oito civis, incluídas três mulheres”, e feriu outros cinco alauitas que viajavam “em um ônibus de passageiros” na província central de Hama.
O OSDH acrescentou que o pessoal do posto de controle “parou o ônibus e atirou, e depois forçou os passageiros sobreviventes a sair e os executou”.
As autoridades sírias não se pronunciaram até agora sobre esse incidente.
Além disso, a ONG havia informado anteriormente que os corpos de cinco alauitas foram encontrados em um hospital de Damasco, e que eles tinham sido vítimas de uma “execução sumária”.
Segundo o OSDH, os cinco homens voltavam para casa no domingo, depois do trabalho, quando o ônibus em que viajavam foi parado em um posto de controle.
Inicialmente, os vizinhos foram informados de que eles estavam detidos, mas seus corpos apareceram dois dias depois no hospital Al Mujtahid na capital, indicou o OSDH.
O tema das minorias da Síria é um dos maiores desafios enfrentados pelo novo governo desde que as forças lideradas por grupos islamistas derrubaram Assad em dezembro do ano passado.
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