O meio ambiente anda tão abandonado no Brasil que só nos resta contar com a tecnologia para tentar preservá-lo. É o que está acontecendo com a onça-pintada, o maior felino das Américas e um animal que ocupa o topo da cadeia alimentar. Apesar de ilustrar até a nota de R$ 50, o governo destina pouca verba para sua preservação. A destruição ambiental provocada pelo ser humano e a caça reduziram a população desse animal no País e as queimadas no Pantanal mostraram os riscos que o felino corre.

Um novo projeto internacional da ONG Ampara Silvestre busca financiar programas de preservação da onça-pintada. Há seis anos a organização desenvolve ações que visam o equilíbrio da biodiversidade. A ONG lança agora uma iniciativa ligada ao mercado de criptoativos – a moeda mais popular desse mercado é a bitcoin. Uma parceria com a produtora Yoshie Lab Design deu origem ao projeto “PowerJags”, coleção de 10.000 NFTs (tokens não fungíveis) inspirados no poder da onça-pintada que será lançada em 29 de novembro.

As artes digitais retratando a onça serão oferecidas na plataforma OpenSea.io com 40% dos lucros direcionados para os programas da Ampara Silvestre. A soltura de Ousado, a onça-pintada que se tornou símbolo dos animais queimados no Pantanal, foi uma das grandes inspirações para o projeto. “A notícia sobre o retorno de Ousado à natureza correu o mundo e emocionou muita gente. Decidimos criar uma ‘soltura digital’ dos NTFs, como uma forma de destacar a importância dos projetos de reintrodução dos animais em seu habitat natural, afirma Marina Yoshie, diretora do Yoshie Lab Design.

Marcele Becker, vice-presidente da Ampara Silvestre, explica que é preciso urgência no resgate para que os animais afetados pela devastação sejam reintroduzidos adequadamente à natureza. “No caso do Ousado, ele foi resgatado e rapidamente recebeu cuidados médicos para se recuperar em um curto período. Se ele ficasse mais tempo em cativeiro, seria muito difícil devolvê-lo”, afirma. Além dos animais do Pantanal, a Ampara Silvestre mantém um local no interior de São Paulo onde vivem espécies como a onça pintada, a preta e a parda. “O ideal é sempre fazer a reintrodução, mas animais que ficaram muito tempo longe da natureza ou foram resgatados ainda filhotes não têm condições de voltar.” O objetivo do projeto “PowerJags”, segundo Marina, é encontrar no mercado interessados que passem a contribuir para a preservação da onça-pintada, levantando recursos ou gerando engajamento para a causa.

A lenda do skate Bob Burnquist e a top model Isabeli Fontana são embaixadores do “PowerJags” e promoveram discussões no canal do projeto na rede social Discord, conhecida por reunir gamers e que vem se solidificando como um ponto de encontro entre entusiastas de NFTs. “O Discord é uma rede ampla na qual você pode reunir investidores para apresentar ideias que podem mudar o mundo. O projeto “PowerJags” é uma prova disso, porque utiliza a arte em busca de recursos para uma causa nobre, que é a preservação da onça-pintada”, afirma Burnquist.

“Reunir celebridades entusiastas de criptoativos e fãs num mesmo canal para gerar interação entre eles é o grande diferencial do Discord”, diz Junior Camargo, Coordenador do “PowerJags. “Precisamos desse crescimento intenso, porque o foco é utilizar essa nova rede social [Discord] como ferramenta de educação do público sobre criptoativos. E quando você tem nomes de destaque mundial te dando dicas de como investir ou transformar a sociedade através de uma nova tecnologia, isso muda o jogo”, analisa.

Para saber mais sobre o projeto “PowerJags”, acesse aqui.