ONG ligada a príncipe Harry admite crimes de direitos humanos na África

Vítimas sofreram estupros e outras formas de violências praticadas por guardas florestais da 'African Parks'

Frank Weitzer/African Parks
Príncipe Harry faz parte da ONG African Parks desde 2016 Foto: Frank Weitzer/African Parks

A “African Parks”, ONG da qual o príncipe Harry, de 40 anos, faz parte, admitiu ter cometido crimes de abusos de direitos humanos no continente.

A instituição de caridade de proteção à vida selvagem, que já foi presidida pelo monarca ao longo de seis anos, reconheceu que grupos étnicos da República do Congo teriam sido vítimas de estupros e outras formas de violência praticadas por guardas florestais da própria ONG, segundo uma investigação publicada pelo jornal “Daily Mail”.

Harry não faz mais parte da presidência da organização, porém foi promovido a integrante do conselho administrativo em 2023.

Ainda de acordo com a publicação, fontes afirmaram que ele sabe do ocorrido e já se reuniu com o grupo a fim de implementar mudanças para lidar com as questões reveladas nas denúncias.

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Em 2024, uma reportagem do “Mail on Sunday”, descobriu evidências nas florestas tropicais congolesas de crimes cometidos por fiscais administrados e pagos pela “African Parks”. A reportagem também trouxe relatos de espancamentos e homicídio.

Dentre os testemunhos estão violações ao povo indígena Baka, conhecido no passado como pigmeus. Eles teriam sido impedidos de adentrar as matas em que caçam, pescam e encontram remédios naturais há milênios.

Uma mulher que faz parte da comunidade indígena Baka, conhecida no passado como pigmeus, contou que foi forçada a ter relações sexuais com um guarda armado enquanto segurava o filho recém-nascido no colo.

Em outro caso, uma adolescente declarou ter sido aliciada por um segundo funcionário para trocar sexo por dinheiro.

Em um terceiro relato, feito por um ativista comunitário, um integrante da tribo teria morrido depois de ser espancado e preso, e não ter os ferimentos tratados.