Nesta quarta-feira (10), o discurso de Joaquim Leite, ministro do Meio Ambiente, foi alvo de críticas por ambientalistas, ONGs e cientistas. No plenário da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26), em Glasgow, na Escócia, Leite disse: “Temos que reconhecer que onde há muita floresta há muita pobreza”. As informações são do O Globo.

Essa frase foi proferida pelo ministro no momento em que defendia o programa Floresta+, no qual pequenas propriedades recebem uma quantia compensatória por preservar uma proporção razoável de cobertura vegetal.

“Para promover o desenvolvimento sustentável da região, criamos o Programa Nacional de Pagamentos por Serviços Ambientais Floresta+, que busca fomentar o mercado de serviços ambientais, reconhecendo e remunerando quem cuida de floresta nativa”, afirmou o ministro.

No entanto, por mais que os ambientalistas apoiem essa ação, eles também criticam a sua demora.

Para a ex-presidente do Ibama Suely Araujo, usar esse programa para exaltar as ações do governo durante a COP26 não faz sentido.

“O projeto piloto do Floresta+ foi tocado pessoalmente pelo ministro quando estava ainda como diretor. Ele tem US$ 96 milhões de dólares parados desde março de 2019, e até agora nenhuma família recebeu dinheiro. A previsão é só 2022, para um dinheiro que está liberado pelo Fundo Verde do Clima desde o início do governo Bolsonaro”, disse Suely que atualmente está como especialista sênior de políticas públicas do Observatório do Clima.