BERLIM, 15 JUL (ANSA) – Fortes chuvas atingiram a Alemanha e a Bélgica nesta quinta-feira (15) e deixaram ao menos 21 mortes até o momento, sendo que 19 vítimas estavam no território alemão e outras duas no belga. A onda de mau tempo também atingiu regiões de Luxemburgo e Países Baixos, mas os danos foram apenas materiais.   

Segundo as autoridades alemãs, há ainda cerca de 70 pessoas desaparecidas nas inundações que atingiram a área ocidental do país. As vítimas estão em diversas cidades do país, como Euskirchen, Ahrweiler, Schuld e Rheinbach e, segundo relatos, casas inteiras foram varridas pela força das águas.   

Dezenas de pessoas se abrigaram nos tetos das residências para tentar escapar das inundações. Há dias chove na região, mas a intensidade da chuva ocorrida durante a madrugada foi ainda maior.   

O temor das autoridades, especialmente nas cidades de Wuppertal e Rhine-Sieg, é que barragens locais estourem por conta do volume das águas e, por isso, ordenaram a evacuação dos moradores.   

A chanceler Angela Merkel, que está em visita oficial a Washington, nos Estados Unidos, afirmou que está “comovida pela catástrofe” que está provocando sofrimento a tantas pessoas. A informação foi repassada por seu porta-voz, Steffen Seibert, e ainda expressou suas condolências às famílias das vítimas e dos desaparecidos.   

Na Bélgica, a província de Liége é a mais atingida e, segundo a governadora local, Catherine Delcourt, “há diversos desaparecidos”, sem precisar um número. Além dos danos já provocados, há o temor de que o rio Mosa, que atravessa Liége e Maastricht, também pode transbordar.   

Os trens que cortam a província pararam de funcionar já no fim da noite de quarta-feira (14) por conta de diversos trechos inundados e interrompidos pela queda de árvores.   

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, se manifestou sobre a tragédia climática.   

“O meu pensamento vai para as famílias das vítimas das devastantes inundações na Bélgica, Alemanha, Luxemburgo e Países Baixos e aqueles que perderam as suas casas. A União Europeia está pronta para ajudar. Os países afetados podem chamar o mecanismo da Defesa Civil da UE”, afirmou a líder em sua conta no Twitter. (ANSA).