O Grupo Oncoclínicas tem metas arrojadas. O objetivo é abrir 10 cancers centers no Brasil, entre unidades já em operação e outras em construção. Esse movimento faz parte da estratégia de expansão do grupo, que está presente em 35 cidades brasileiras, com 132 unidades em funcionamento, para oferecer aos pacientes oncológicos de todo o país um padrão de qualidade de atendimento dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer. O investimento mais recente anunciado pela Oncoclínicas nesse sentido foi feito agora em dezembro, com anúncio de uma joint venture para oferecer melhor experiência de atendimento oncológico para uma carteira com mais de 400 mil clientes da Porto Saúde. Em setembro deste ano, o Grupo anunciou a criação do cancer center de São Paulo, por meio de uma joint venture estabelecida com a Unimed Nacional, que detém 25% do novo negócio. A nova obra terá investimentos na ordem de R$ 300 milhões, contará com 350 leitos para internação e deve ser concluída em cerca de 36 meses. Além disso, estendeu essa união, com o potencial de oferecer cuidado oncológico completo para as 340 cooperativas independentes da empresa em todo o país, o que representa atendimento a 18,5 milhões de beneficiários.
Segundo Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas, o objetivo da expansão do número de cancers centers pelo Brasil é resultado de um modelo de negócio eficiente e de sucesso, focado em toda a jornada do tratamento oncológico do paciente. “Essa estratégia tem se mostrado bem-sucedida devido aos nossos fundamentos de gestão, qualidade e inovação para oferecer a mais adequada e eficiente solução para o tratamento oncológico”. De acordo com o CEO, o modelo de negócio no Brasil do Grupo foi inspirado em uma rede de clínicas focadas em tratamento oncológico que ele conheceu em Houston, onde fez parte da sua formação em medicina. “Esse é um modelo de sucesso não só nos Estados Unidos, mas também em outros países, focado no tratamento do câncer”.
O CÂNCER NÃO ESPERA
O aumento do número de cancers centers – atualmente a Oncoclínicas tem seis em operação – ocorre em paralelo ao avanço dos investimentos do maior player da América Latina em cuidados oncológicos no desenvolvimento de novos tratamentos para o câncer. “Nossos investimentos em pesquisa e desenvolvimento, medicina genômica e inteligência artificial nos posicionam na vanguarda do tratamento oncológico no Brasil, o conhecimento gerado somado à tecnologia médica aplicada amplia de forma exponencial a democratização e acesso ao cuidado de qualidade a um maior número de pacientes”, comenta Ferrari. Esse olhar mais apurado para a questão da inovação tem como pano de fundo o próprio avanço do câncer ao redor do mundo. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que, a cada ano até 2025, surgirão 704 mil novos casos da doença no Brasil, sendo que, se diagnosticados precocemente e tiverem acesso ao tratamento adequado, têm maior chance de cura. “O câncer será a doença que mais causará mortes na próxima década. Precisamos ampliar capilaridade para garantir acesso ao diagnóstico precoce e oferecer tratamento de qualidade para, assim, salvar mais vidas”, ressalta Ferrari. Nos últimos 12 meses contados até setembro de 2022, a Oncoclínicas realizou 458 mil tratamentos e mais de 1,8 milhão de atendimentos. “A Oncoclínicas tomou para si a missão de vencer o câncer e por isso está investindo em linhas de cuidado que abrangem o tratamento e também a jornada integral, desde o atendimento ambulatorial com exames e consultas, a alta complexidade com nossos cancer centers. Democratizar o cuidado oncológico é um grande desafio diante de seus altos custos, mas nossa plataforma de valor ao mercado é fundamentada no custo efetividade, sem abrir mão da excelência no atendimento e qualidade para o melhor desfecho clínico, assegurando nossos parceiros quanto à eficiência de nossa gestão”, destaca Ferrari.
PARCERIAS INTERNACIONAIS
Com o intuito de progredir no desenvolvimento de novos tratamentos, a Oncoclínicas também foi buscar conhecimento no exterior e alcançou um patamar mais sólido e de maior responsabilidade. A companhia é parceira exclusiva do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à faculdade de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, e também contribuiu com a criação de um banco de tumores no Weizmann Institute of Science, de Israel, do qual Bruno Ferrari é membro do conselho. Ambas instituições são referências mundiais em tratamento e pesquisa, respectivamente, e contribuem para que a companhia lidere a transformação do tratamento oncológico na América Latina. Aquisições como a Boston Lighthouse Innovation, empresa especializada em bioinformática com escritório em Cambrige, e participação societária na MEDSIR, empresa espanhola dedicada ao desenvolvimento e gestão estratégica de ensaios clínicos para pesquisa independentes sobre o câncer, reforçam o posicionamento da companhia. “Por meio de colaborações internacionais agregamos novas frentes de pesquisas clínicas e moleculares ao nosso portfólio, ao mesmo tempo em que aumentamos nosso espectro de colaborações científicas, acelerando e ampliando nossa contribuição para o desenvolvimento de novas terapias e protocolos, beneficiando amplamente os pacientes com câncer”, explica.
UM SINO QUE MUDOU TUDO
Para trazer ainda mais força ao crescimento das suas operações pelo Brasil, a Oncoclínicas decidiu abrir seu capital e, em agosto de 2021, tocou o sino da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), movimento que foi fundamental para avançar a passos ainda mais largos pelo país. Como estratégia adotada para conseguir atingir um número cada vez maior de pacientes em diversos locais do país, o grupo optou por intensificar seus movimentos em fusões e aquisições. Até o momento, já colocou debaixo de seu guarda-chuva 12 novas empresas, localizadas em regiões estratégicas do Brasil, fazendo com que a marca esteja presente nos quatro cantos do país. Entre as recentes movimentações feitas pela Oncoclínicas nesse sentido estão a aquisição da empresa Unity, em julho do ano passado, que trouxe 35 novas unidades para o grupo; na Bahia, concluiu a parceria com o Hospital Santa Izabel para a construção de um novo cancer center e aquisição do Grupo CAM, Itaigara Memorial, Núcleo da Mama e Grupo Cemise (SE).