Após um ano do início do surto de Covid-19, na cidade de Wuhan, em 31 de dezembro, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, prestou um tributo aos quase 1,8 bilhão de vidas perdidas para a doença e reforçou os atos generosos que ajudaram a equipar hospitais e apoiar agentes de saúde e pacientes.

Na mensagem, o chefe da OMS afirmou que a escolha a fazer em 2021 é simples e profunda: “É preciso ignorar partidarismos, teorias da conspiração e ataques à ciência para combater a crise com compaixão e cuidado, compartilhando a vacina com todos, como numa grande família global”.

Em sua mensagem, ele fez um apelo a doadores para que a imunização chegue a mais países, afirmando que o mecanismo de vacinação da OMS, Covax Facility, precisa com urgência de US$ 4 bilhões para comprar doses para nações de rendas baixa e média. Para Tedros, este é o desafio que todos devem enfrentar no próximo ano.

Segundo ele, a pandemia provocou a resposta mais rápida e mais abrangente de uma emergência global de saúde de toda a história. Ele citou a mobilização sem paralelos da ciência e a busca de uma solução marcada pela solidariedade global.

Tedros Adhanom elencou algumas lições da pandemia. A primeira é a urgência de os governos aumentarem os gastos com o sistema público de saúde, desde o financiamento e acesso às vacinas para todos até a preparação para uma próxima e inevitável pandemia.

A segunda é que irá levar bastante tempo até que todos estejam imunizados contra a COVID-19 e por isso todos precisam continuar praticando as medidas de segurança contra o vírus: distanciamento social, uso de máscaras, lavagem de mãos e distância de lugares fechados e lotados. Por fim, cooperação e solidariedade como uma comunidade global para promover e proteger a saúde hoje e no futuro.