GENEBRA, 23 JAN (ANSA) – A Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu nesta quinta-feira (23) que “não é hora” de declarar emergência internacional em decorrência do surto de coronavírus 2019-nCoV, que já matou pelo menos 25 pessoas no país.   

“Não se engane. Esta é uma emergência na China, mas ainda não se tornou uma emergência de saúde global”, diz o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante coletiva de imprensa.   

Após dois dias de discussões em Genebra, a decisão foi marcada por um racha dentro do comitê de especialistas, já que metade considera uma emergência internacional e a outra não. Apesar da divisão, a OMS disse que o governo de Pequim está tomando as medidas de forma correta e é necessário ter um controle maior nos aeroportos. Ghebreyesus explicou que, “no momento, a OMS não recomenda restrições mais amplas a viagens ou ao comércio”. “Recomendamos a triagem na saída nos aeroportos como parte de um conjunto abrangente de medidas de contenção”.   

Além disso, a agência de saúde pediu para todos os governo atuarem para identificar casos.   

Até o momento, o coronavírus matou 25 pessoas. Além da China, há registros de casos de pessoas infectadas nos Estados Unidos, Japão, Tailândia, Taiwan, Coreia do Sul, Vietnã, de Singapura e a Arábia Saudita. Na Itália, há uma suspeita de contaminação na cidade de Bari. Cinco cidades chinesas – Wuhan, Xianning, Huanggang, Ezhou Chibi e Zhijiang – adotaram medidas de quarentena para tentar frear a epidemia. Já as autoridades de Pequim fecharam a Cidade Proibida e cancelaram as comemorações do Ano Novo chinês. (ANSA)