A Organização Mundial da Saúde (OMS) e entidades associadas iniciaram, nesta sexta-feira (5), uma campanha de distribuição de 1,2 milhão de testes de diagnóstico de cólera em 14 países, para conter a recuperação recente dessa enfermidade.

O Malauí recebeu o primeiro envio de kits de testes e, nas próximas semanas, estes chegarão a “países gravemente afetados por epidemias de cólera, como Etiópia, Somália, Síria e Zâmbia”, detalhou a OMS em um comunicado.

A organização internacional desenvolve esse programa junto com a Aliança para as Vacinas (Gavi), que o financia e coordena, e do Fundo da ONU para a Infância (Unicef), responsável pelo abastecimento dos testes.

Também conta com o apoio do Grupo Mundial de Trabalho para o Controle da Cólera (GTFCC).

“Estamos nos deparando com um recrudescimento plurianual sem precedentes de casos de cólera no mundo e o anúncio de hoje dá um impulso decisivo para a luta contra a doença”, declarou, em um comunicado, Aurelia Nguyen, diretora de programas da Gavi.

A doença é contraída por uma bactéria geralmente transmitida pela água ou por alimentos contaminados; provoca diarreia e vômito e é particularmente perigosa para crianças pequenas.

Nestos últimos anos, houve uma retomada de casos no mundo; em 2022 foram registrados 473.000, o dobro do ano anterior, e dados preliminares indicam que, em 2023, chegaram a mais de 700.000.

A disponibilidade de vacinas orais contra cólera se multiplicou por 18 entre 2013 e 2023, mas a propagação veloz da doença nos últimos anos provocou uma escassez mundial, indicou a OMS na nota.

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