SÃO PAULO, 22 MAI (ANSA) – A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta sexta-feira (22) que a América Latina se tornou o novo epicentro da pandemia do coronavírus (Sars-CoV-2).   

Durante coletiva de imprensa, o diretor do programa de emergências da OMS, Michael Ryan, ressaltou que o Brasil é o país da região mais afetado pela Covid-19. Além disso, ele fez um alerta para a situação no Amazonas.   

“A maioria dos casos é da região de São Paulo, mas também Rio de Janeiro, Ceará, Amazonas, Pernambuco estão sendo afetados”, comentou Ryan. “Mas em termos de taxas de ataque, as mais altas estão, na verdade, no Amazonas: cerca de 490 pessoas infectadas para cada 100 mil habitantes, que é uma taxa de ataque bem alta”, acrescentou.   

Ryan foi questionado se a Organização Mundial da Saúde está oferecendo algum apoio ao Brasil, que ontem (21) bateu novamente o recorde de mortes diárias, com 1.188 óbitos, elevando o número total para mais de 20 mil. “Em termos de resposta, nossos colegas na Opas [braço da OMS nas Américas] estão fornecendo ajuda direta ao governo e a muitos dos estados que estão sendo duramente afetados, incluindo o Amazonas”, explicou. Segundo ele, a América Latina se tornou o novo epicentro da doença, principalmente porque muitas nações estão registrando um aumento na quantidade de casos. “Claramente há preocupação em muitos desses países, mas certamente o mais afetado é o Brasil neste momento”, concluiu.   

Cloroquina – Após o Ministério da Saúde do Brasil criar um documento que autoriza o uso da cloroquina para pacientes em casos leves da Covid-19, desde que haja consentimento do infectado, Ryan voltou a desaconselhar a utilização do medicamento. De acordo com o diretor, “as revisões clínicas sistemáticas atuais realizadas pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e a evidência clínica atual não apoiam o uso generalizado de hidroxicloroquina para o tratamento da Covid-19 – não até que ensaios [clínicos] sejam concluídos e nós tenhamos resultados claros”. (ANSA)

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