GENEBRA, 30 OUT (ANSA) – A Organização Mundial da Saúde (OMS) condenou na quarta-feira (29) a execução de mais de 460 pacientes e seus acompanhantes, além do sequestro de seis profissionais da saúde no Sudão.
O massacre a tiros contra civis ocorreu na última terça (28), dois dias após paramilitares das Forças de Apoio Rápido (RSF) atacarem pela quarta vez em um mês o Hospital Maternidade Saudita, a única instituição de saúde parcialmente em funcionamento na cidade de El Fasher.
“A OMS está consternada e profundamente chocada com a notícia do trágico assassinato de mais de 460 pacientes e seus acompanhantes na maternidade saudita de El-Fasher”, disse o diretor-geral da agência de saúde da ONU, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em comunicado, acrescentando que no mesmo dia, quatro médicos, uma enfermeira e um farmacêutico foram sequestrados.
Ele ainda exigiu que “todos os ataques contra os serviços de saúde devem cessar imediata e incondicionalmente”, apelando para uma trégua no Sudão, ao mesmo tempo em que pediu pela proteção de todos os pacientes, profissionais de saúde e hospitais.
Nesta quinta (30), o líder das RSF, general Mohamed Hamdan Dagalo, conhecido como Hemedti, anunciou uma investigação para o que definiu como “violações cometidas por seus soldados durante a tomada da cidade de El-Fasher”, informou a BBC.
A guerra civil no Sudão teve início em abril de 2023, sendo palco de um conflito entre as RSF e as Forças Armadas. (ANSA).