ROMA, 27 JAN (ANSA) – A Organização Mundial da Saúde declarou nesta segunda-feira (27) que o risco global de contaminação pelo coronavírus 2019-nCoV é “alto”, admitindo um erro na avaliação anterior na qual relatou que o risco era “moderado”. Em seu último relatório, a OMS revelou que sua “avaliação de risco não mudou desde a última atualização [22 de janeiro]: muito alto na China, alto no nível regional e em todo o mundo”. Segundo a porta-voz do órgão das Nações Unidas, Fadela Chaib, nos dias anteriores foi dito “incorretamente” que o risco era “moderado”. “A situação está mudando constantemente e o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, está na China hoje para verificar o local. Em seu retorno, no meio ou no final desta semana, ele convocará novamente o Comitê para o gerenciamento da emergência, que avaliará se é apropriado declarar ou não o estado de emergência internacional”, explicou à ANSA Ranieri Guerra, vice-diretor geral da OMS.   

Na última quinta-feira (23), a OMS chegou a considerar “muito cedo para falar de uma emergência de saúde pública de alcance internacional”. Desde então, o número de mortos pelo vírus na China subiu para 82 e a quantidade de pacientes infectados chegou a 2,7 mil, de acordo com balanço atualizado hoje pela Comissão Nacional de Saúde do país asiático. Das 82 mortes registradas, 76 aconteceram na província de Hubei, onde fica a cidade de Wuhan, e uma foi confirmada em Pequim. Até o momento, o surto já atingiu outros 12 países. Na Itália, nenhum caso foi registrado. Hoje, o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, falou sobre a emergência do coronavírus, assegurando que tem acompanhado de perto e, com o ministro da Saúde, Roberto Speranza, feito uma “atualização constante” sobre o surto. “A Itália é atualmente o país que adotou mais medidas preventivas em comparação com os demais, medidas incisivas.   

Todos os protocolos estão em campo”, explicou o premier durante entrevista. Segundo o vice-diretor geral da OMS, a Itália realmente tem sido o país mais cuidadoso e bem equipado entre os países ocidentais.   

(ANSA)


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