O senador Omar Aziz (PSD-AM) foi o entrevistado da live da ISTOÉ nesta sexta-feira (11). O parlamentar amazonense falou sobre a pandemia do Coronavírus, que assola o mundo e o enfrentamento à doença no Brasil.

Aos 62 anos, Aziz é presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, que investiga as ações e omissões do governo Bolsonaro durante a crise sanitária.

“A CPI do Covid não vai acabar em kibe, esfiha ou pizza”, afirma.

Aziz já foi vereador em Manaus, deputado estadual e governador do Amazonas. Na conversa, ele diz que as investigações feitas até agora pela CPI mostraram a existência de um gabinete paralelo no governo federal para decidir sobre o enfrentamento à crise sanitária do covid.

“O presidente não acordou e teve um sonho que a cloroquina salva vidas. Alguém sugeriu”, acredita.

O membro do senado avalia ainda que os passos em falso do Ministério da Saúde e de Bolsonaro em relação à imunização dos brasileiros.

“O governo não apostava na vacinação, mas em tratamento precoce”, diz.

Na última quinta-feira (9), Bolsonaro disse que pretende desobrigar milhões de brasileiros do uso de máscara na pandemia com o apoio do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que é médico.

“É lamentável que um profissional da saúde peça estudos para pôr fim ao uso de máscaras”, criticou.

Aziz também comentou sobre as quebras de sigilos e as investigações da CPI. Eles querem descobrir quem financiou e ajudou a difundir ideias e tratamentos ineficazes contra a doença — hidroxicloroquina, cloroquina e ivermectina —, e amplamente defendidos por Bolsonaro e outras pessoas ligadas ao governo.

“Espero que a gente não seja proibido de fazer as investigações”, diz.

Quando o assunto é Copa América, Omar Aziz disse ser contrário e fez uma análise do cenário político e o clima para um suposto golpe militar, defendido pelos apoiadores do presidente.

“Não existe ambiente para um golpe militar no Brasil”. E completou: “O Brasil tem que voltar a ser saudável.”