Olé em Barcelona

Olé em Barcelona

Do chef de cozinha Ferran Adriá ao ex-presidente da Espanha José María Aznar, as presenças estreladas no hotel W em Barcelona durante o 19o Meeting Internacional do Lide (Grupo de Líderes Empresariais), comandado por João Doria Jr, seguem agitando o fim de semana na Espanha.

No grupo brasileiro formado por empresários, políticos e artistas que chegaram na manhã de sexta-feira 28, estão a senadora e ex-ministra da Cultura Marta Suplicy e o marido, o empresário Marcio Toledo, o ministro da Aviação Civil Moreira Franco, e o senador Aloisio Nunes Ferreira, que foi vice na chapa de Aécio Neves à presidência da República. Eles participaram do seminário Brasil Espanha, que aconteceu durante toda a tarde de ontem com a presença de Aznar, que foi premier da Espanha entre 1996 e 2004. Entre os artistas, vieram à Barcelona a cantora Daniela Mercury, a apresentadora Adriane Galisteu , a atriz Bianca Rinaldi e o ator Luigi Barricelli .

FERRAN ADRIÁ E SEUS NOVOS PROJETOS
Antes do seminário, o chef Ferran Adriá, mestre das inovações gastronômicas participou de um almoço com o grupo e contou sobre sua decisão de fechar o restaurante El Bulli no auge de sua fama e partir para novos projetos. Por cinco vezes, o restaurante espanhol foi eleito o melhor do mundo. “Fechei o El Bulli para não fechar o El Bulli. É preciso mudar. Posso dizer que é duríssima a hora de tomar decisões drásticas na vida”, disse. Ele se dedica hoje ao projeto da fundação El Bulli, patrocinado pelo grupo Telefônica, que voltará para os estudos e projetos inovadores na gastronomia. Hoje, Adriá é professor em Harvard e é sócio de alguns restaurantes espanhóis, como o Ticket em Barcelona.

Depois de falar no seminário, o ex-presidente da Espanha José Maria Aznar não quis dar entrevistas. Em seu discurso, ele elogiou os anos FHC e Lula, e disse que agora o governo brasileiro está num momento de redefinir-se nos rumos econômicos. Na hora do ministro Moreira Franco falar, ele arrancou risadas da plateia contando que sofreu bulling na época pré-Copa, quando dizia que os aeroportos brasileiros estariam preparados para o Mundial e que não haveria caos aéreo. E que depois, ouvia de diversas pessoas que os sistema aeroviário foi justamente o que funcionou na Copa. Depois, foi provocado pela senadora Marta Suplicy, ex-ministra do turismo e recém-saída do ministério da cultura. Ela lhe perguntou sobre o fim das linhas aéreas diretas para Bonito (MS), após contar sobre o desespero de uma empresária que vendeu três fazendas para montar um grande empreendimento imobiliário para convenções na região.