‘Olá, Alexandre’: aliado de Trump provoca Moraes em post sobre restrição de vistos

Jason Miller, ex-assessor de Trump que provocou Alexandre de Moraes
Jason Miller, ex-assessor de Trump que provocou Alexandre de Moraes Foto: DREW ANGERER

Jason Miller, ex-braço direito de Trump, citou o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes em uma publicação no X (antigo Twitter) nesta quarta-feira, 28. Em tom de provocação, a postagem foi para o ar após os EUA anunciarem a restrição de vistos para “estrangeiros e pessoas cúmplices na censura de americanos”.

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“Compartilhe isso com alguém que vem imediatamente à sua mente quando você lê isso. Olá, Alexandre”, escreveu, marcando o perfil do magistrado na publicação do governo norte-americano que anunciou a restrição.

Miller foi um dos principais assessores de Trump durante seu primeiro mandato. Em 2021, enquanto estava no Brasil, foi interrogado pela Polícia Federal por ordem de Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito das fake news.

O ex-braço direito do republicano é também criador da rede social GETTR, que tem como público alvo representantes da direita global e se diz contra qualquer tipo de moderação.

Restrições de vistos

Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira, 28, que negarão a entrada de funcionários estrangeiros que bloqueiem publicações americanas nas redes sociais. A informação foi dada pelo secretário de Estado, Marco Rubio, que afirmou estar combatendo a “censura flagrante” no exterior contra empresas de tecnologia americanas.

“Estrangeiros que trabalham para minar os direitos dos americanos não vão desfrutar do privilégio de viajar para o nosso país. Seja na América Latina, na Europa ou em qualquer outro lugar, os dias de tratamento passivo para aqueles que trabalham para minar os direitos dos americanos acabaram”, escreveu Rubio nas redes sociais.

Ele não especificou quais funcionários perderiam seus vistos, mas na semana passada declarou no Congresso que considerava sancionar o ministro brasileiro Alexandre de Moraes, que presidiu o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado e que entrou em choque com Elon Musk, dono da plataforma de mídia social X.

Washington também criticou duramente a Alemanha e o Reino Unido por restringir o que esses países consideraram discurso de ódio.

* Com informações da AFP