Oito nomes de foragidos na megaoperação contra o PCC, deflagrada na última quinta-feira, 28, foram incluídos na lista de difusão vermelha da Interpol, de acordo com informações da TV Globo. Na prática, a inclusão permite que os suspeitos sejam localizados pelas polícias de 196 países-membros da organização policial.
A inclusão dos foragidos na lista da Interpol foi um pedido da Policia Federal. Dos 14 alvos de mandados de prisão da megaoperação, apenas seis foram presos.
+ Terminal portuário, usinas, mansão e mais: veja os bens do PCC que foram alvos da PF
A lista dos foragidos incluem os principais suspeitos da megaoperação contra o PCC. Se trata dos líderes da rede criminosa, que utilizavam o setor de combustíveis para lavagem de dinheiro. Veja:
- Mohamad Hussein Mourad, conhecido como “João”, “Primo” ou “Jumbo”;
- Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”;
- Daniel Dias Lopes;
- Miriam Favero Lopes: esposa de Daniel e sócia de empresas ligadas ao esquema;
- Felipe Renan Jacobs;
- Renato Renard Gineste;
- Rodrigo Renard Gineste;
- Celso Leite Soares.
Megaoperação da PF
Na última quinta-feira, 28, foi iniciada uma força-tarefa, com o objetivo de desarticular um esquema bilionário de adulteração e fraude no setor de combustíveis, que conta com a infiltração do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Cerca de 1.400 agentes cumpriram mandados de busca, apreensão e prisão em oito estados: São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina. A ação foi batizada de Operação Carbono Oculto.
Segundo as investigações, a facção mantém vínculos permanentes ou eventuais com outras organizações criminosas para assegurar a efetividade das atividades ilícitas, inserindo-se em setores da economia formal, como combustíveis e sistema financeiro. De acordo com a Receita Federal, cerca de mil postos de combustíveis vinculados ao grupo movimentaram R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024.
A megaoperação foi conduzida pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), por meio do GAECO, em parceria com o Ministério Público Federal, Polícia Federal, Polícias Civil e Militar, Receita Federal, Secretaria da Fazenda e Planejamento de São Paulo, Agência Nacional do Petróleo (ANP) e Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo, por meio do GAERFIS. Os respectivos GAECOs estaduais também apoiaram a operação.