A polícia de Minnesota e o FBI investigavam neste domingo um ataque com arma branca em um centro comercial da cidade de St. Cloud que deixou nove feridos na noite do sábado e que foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI).

O criminoso, identificado pela imprensa como um americano de origem somali, foi abatido por um agente que não estava em serviço, indicou a polícia. Segundo o jornal St.Cloud Times, o agressor era Dahir Adan, de 22 anos, estudante da universidade local.

O indivíduo “fez várias referências a Alá”, disse a jornalistas Blair Anderson, chefe de polícia da cidade de St. Cloud, uma cidade de 70.000 habitantes, 100 km a noroeste de Minneapolis.

“Confirmamos que perguntou ao menos a uma pessoa se era muçulmana antes de atacá-la”, disse Anderson.

“Se foi um ataque terrorista ou não, não quero dizer agora, porque não sei”, ressaltou, acrescentando que uma investigação estava em andamento.

Contudo, o FBI, a polícia federal americana, disse neste domingo que investigava o ataque como “um potencial ato de terrorismo”.

O agente do FBI Rick Thornton, encarregado da investigação do ataque, disse aos jornalistas que em St. Cloud as autoridades ainda não sabem “muito” sobre um possível vínculo internacional do agressor.

Neste dom domingo, a agência Amaq, que faz propaganda do Estado Islâmico, afirmou que o atentado de Minnesota havia sido realizado por um “soldado” de sua organização.

O autor do ataque com faca “era um soldado do Estado Islâmico, que respondeu aos chamados para tomar como alvos os cidadãos dos países-membros da coalizão dos cruzados”, informou a Amaq.

Vários feridos foram levados a um hospital e três deles permanecem hospitalizado.

O criminoso entrou no centro comercial Crossroads Center, desta cidade de 70.000 habitantes, às 20h00 locais (22h00 de Brasília).

Ele vestia um uniforme de um serviço de segurança privado e tinha ao menos uma faca, disse a polícia.

O homem só constava nos registros policiais por infrações de trânsito. O chefe da polícia disse que, até o momento, esse ataque não parecia vinculado a outros incidentes.

Segundo o jornal Star Tribune, que entrevistou o pai do agressor com a ajuda de um intérprete, o jovem tinha 22 anos. Havia nascido na Somália, mas vivia nos Estados Unidos nos últimos 15 anos.

Em Minneapolis, principal cidade de Minnesota, encontra-se a maior comunidade de origem somali dos Estados Unidos, cujas relações com as autoridades são, às vezes, tensas.

Em abril do ano passado, o FBI prendeu seis jovens americanos de origem somali que tentavam se unir ao grupo Estado Islâmico na Síria.

O ataque ocorreu quase na mesma hora em que 29 pessoas ficaram feridas na noite do sábado na explosão de uma bomba em Nova York. O prefeito Bill de Blasio disse que não havia até o momento indícios de uma ação terrorista.

As autoridades de Minnesota disseram que ignoravam se o ataque tinha relação com o artefato explosivo que foi detonado em Nova York.

“Até agora não temos nenhum evidência que sugira que eles estão conectados”, disse o chefe Anderson à rede CNN.