Cerca de 3 milhões de imigrantes e refugiados venezuelanos contribuem com mais de 500 milhões de dólares (2,6 bilhões de reais) por ano para a economia da Colômbia, segundo estudo divulgado nesta quinta-feira (25) pela Organização Internacional para as Migrações (OIM).

“A migração funciona como um agente impulsionador do desenvolvimento, e esses estudos trazem uma prova empírica que fundamenta essa afirmação”, disse Diego Beltrán, enviado especial da OIM para os migrantes e refugiados venezuelanos. Além disso, mostram “de que forma a imigração pode promover o crescimento da força social e econômica nos países de acolhimento.”

Segundo o estudo dessa agência da ONU, em 2022 os imigrantes e refugiados venezuelanos geraram na Colômbia “um impacto econômico” de 529 milhões de dólares (2,7 bilhões de reais).

Em 2023, “projeta-se um aumento potencial que atingirá a cifra de 804,3 milhões de dólares (4 bilhões de reais) com a regularização total dos venezuelanos”, aponta o estudo.

O relatório ressalta que 90% dos imigrantes venezuelanos têm emprego, embora apenas 18% trabalhem em sua área de formação. “Muitos trabalham no setor informal, o que limita a sua renda”.

Cerca de 3 milhões de imigrantes e refugiados venezuelanos vivem na Colômbia, segundo dados oficiais.

A OIM ressalta que fez estudos parecidos em outros países da América Latina, e destaca o caso do Panamá, onde empreendedores venezuelanos investiram mais de 1,8 bilhão de dólares (9 bilhões de reais) na última década, criando cerca de 40 mil empregos.

Segundo a OIM, existem 7,7 milhões de migrantes e refugiados venezuelanos no mundo, dos quais 6,6 milhões vivem na América Latina e no Caribe.

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